Unipaz São Paulo

UNIPAZ SÃO PAULO

A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário. Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte.” 

Rubem Alves

Qual a primeira coisa que vem à sua mente quando pensa em mitos e ritos? Muito provavelmente você será transportado (a) no tempo, relembrando os povos ancestrais com toda a sua cultura e sabedoria. 

Mas do que tratavam os mitos e os ritos? O mito buscava traduzir, por meio da palavra simbólica, questões da realidade que fugiam à compreensão humana, por exemplo: a origem do universo, o fogo, fenômenos naturais, a reprodução da vida, o nascimento, a morte etc. Já os ritos marcavam, e ainda marcam, os ciclos, os ritmos da existência e a experiência vivida por cada pessoa.

E hoje, será que existem mitos? A supremacia do racionalismo científico gerou uma nova forma de ver e compreender as coisas, priorizando explicações mais técnicas, mais científicas, mais objetivas. Com isso, o ser humano moderno acabou se afastando da linguagem mais simbólica do mundo, de onde emana o rito. 

Mesmo assim, os ritos permanecem presentes em nossa vida cotidiana. Se pararmos para observar nossos hábitos diários, perceberemos que nossas vidas são povoadas de ritos. Naturalmente somos instigados a celebrar as passagens naturais do tempo e da existência de cada um.

Quando participamos de uma celebração, momento social, ou evento que faz sentido para a alma, sem perceber passamos por um processo interior de acolhimento, sentimos algo que nos revitaliza e pode fornecer um sentido mais elevado para um viver mais pleno. Enfim, os rituais podem ser caminhos para nos tornarmos mais humanos, pois facilitam a harmonização das nossas relações com nós mesmos, com o outro e com a natureza. 

Roberto Crema, reitor da Universidade Internacional da Paz, acredita que há uma tendência no mundo contemporâneo de se resgatar o valor do mito e do rito, que alicerçam todas as grandes tradições ancestrais. Ainda, conforme ele, esse movimento está sendo denominados por alguns de reencantamento do mundo.

Então, nesse mês de junho, nosso convite para você é observar seus rituais cotidianos, preenchê-los de significado, reencantando seu mundo para uma vida mais plena.

Lenita Fujiwara é redatora, reikiana, aprendiz de pós-graduação em Psicologia Transpessoal e membro da equipe de Comunicação da Unipaz SP, além de practitioner de Barras de Access e terapeuta Alquímica Floral.

Nelma da Silva Sá é Facilitadora, Educadora, Pedagoga e Administradora de empresas. Coach de Processo de Transição Profissional. Especialista em Dinâmica Organizacional, Gestão e Ambiente de Trabalho. Pós-graduada em Transdisciplinaridade e Desenvolvimento Integral do Ser Humano pela Universidade Internacional da Paz. Experiência em Organizações Privadas com foco em implantação de Projetos e Desenvolvimento de Equipes e Lideranças. Cofundadora, Presidente e Coordenadora Pedagógica da Unipaz São Paulo. Facilitadora dos Programas: Eneagrama, Autogestão, Educação Ambiental e A Arte de Viver a Vida de Pierre Weil.

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