Setembro do Florescer! Paz é um passo a mais. Paz é a gente que faz.
Setembro, com seus dias de mais luz e menos sombras, com o verde colorindo as folhas e a natureza desabrochando em toda parte, faz brotar na mente uma pergunta: O que quer florescer em nós?
Qual é a mudança que podemos fazer para criar novos jeitos de Ser e estar no mundo? Qual é o passo a mais que podemos dar para ultrapassar os desafios contemporâneos e o sofrimento que nos separa de nós mesmos, dos outros e da natureza?
Para o filósofo, teólogo e escritor Jean-Yves Leloup é preciso dar um “passo além” das paixões, das emoções, dos pensamentos. É preciso sair do lugar em que se ficou parado. Sair do sofrimento e ir em direção ao desejo mais íntimo do nosso Ser para eliminar os obstáculos que nos impedem de acessar a paz que vem das profundezas (hésychia ou apatheia), como aconselhavam os Terapeutas de Alexandria, filósofos e padres do deserto da época do cristianismo primitivo.
Em seu premiado livro “A Arte de Viver em Paz”, Pierre Weil aponta que o principal erro que se comete ao falar da paz é vê-la como algo externo ao homem. A paz é um estado de consciência que não deve ser procurada no mundo externo.
Aliás, a tomada de consciência de que a paz não está fora de nós é tão importante quanto saber que não estamos separados uns dos outros nem da natureza. Sentir essa não separatividade em nosso corpo, nossa mente e em nosso espírito é dar um passo a mais para girar a roda da paz.
A partir desse movimento, podemos experimentar e facilitar a mudança que tanto queremos ver no mundo.
“É você que, com sua própria transformação contribuirá para a transformação dos outros.” Pierre Weil
Texto da Equipe Unipaz SP, inspirado nos livros “Metanoia”, de Jean-Yves Leloup; “A Arte de Viver em Paz” e “Lágrimas de Compaixão”, de Pierre Weil