“Muitos convites da vida nos chamam à cura, esse posso dizer com toda certeza que foi um deles.”
Jú Veloso
Ao ouvir falar sobre assuntos como felicidade e espiritualidade, o que vem a sua mente? Prática de yoga, meditação, roda de mantras, cura quântica? Com certeza sim. Todas essas atividades e técnicas de conexão fazem muito bem para o corpo, mente e alma… mas a meu ver a felicidade e a espiritualidade vão além do padrão convencional com que, na maioria das vezes, prontamente, nos identificamos. Pude refletir sobre isso recentemente quando fui ao Congresso Felicidade e Espiritualidade, que aconteceu no Centro de Convenções PUC Goiânia, entre os dias 18 a 20 de outubro.
A oportunidade de ir ao evento surgiu uma semana antes de ele acontecer e, no turbilhão de processos internos e emoções que eu estava vivendo, confesso que o convite chegou como um presente do Divino, já que não caberia no orçamento do mês. Sinto nesses momentos o poder da lei da atração, pois recebi o que emanei para o universo – o querer muito estar lá e não saber o como, fez parte do processo. Por fim, observando minhas reações até mesmo no corpo, pude ressignificar o processo de receber, que, aliás, entendendo meu comportamento (sou eneatipo 4 do Eneagrama), minha primeira reação seria encontrar algum jeito de criar situações autossabotadoras (quem nunca visita esse cômodo da casa interior que atire a primeira pedra, rs).
Presente aceito, agradeci com o meu SIM poderoso. Em seguida, os desafios de viabilizar estadia e passagem e, mais uma vez, nesses momentos, a gente vai encarando se decidimos mesmo olhar nossos monstrinhos autossabotadores, e foi onde a coragem de enfrentá-los, surgiu. O universo é realmente sábio conosco, por isso, entenda, quando o divino lhe presentear, você vai encontrar anjos que vão reforçar sua escolha pelo caminho, e esses vieram pela Unipaz SP e pela produção do evento. Seus nomes? Laura, Angélica e Kethleen Lima.
Com decisão tomada e acolhida numa ótima estadia, só faltavam as passagens. Ir voando, claro, a Aquariana se identifica, afinal, ar é seu elemento nativo, pois ela vive lá, mas, naquele momento, o universo dizia para ela: ‘é da Terra que você precisa, finque seus pés sobre o chão firme’. Então, a alternativa foi encarar 16 horas de estrada até Goiânia, com intervalos entre paradas e cochiladas. Esse foi o caminho.
Ao chegar ao destino, o coração acelera. Há tempos eu não me permitia adentrar as belezas dos lugares por onde ia, em cada parada nas cidades voltava a reencontrar o sentimento de conexão com o sentir sagrado que tenho pela estrada (da vida).
Sexta-feira, 18 de outubro, 9h25, adentro o Centro de Convenções PUC, onde mais de 35.000 Tsurus esperavam a todos, trazendo boas vibrações para a jornada que ali se iniciaria. Ser acolhida por rostinhos conhecidos de amigos da Transpessoal foi bastante especial: um convite para ir integrando os dois anos de caminhada que fizemos juntos com o conhecimento e energia de muitos palestrantes com os quais nos conectamos por diversos momentos da nossa peregrinação interna na Unipaz SP.
Na abertura do evento, um coração foi colocado no palco, convidando quem ali estava para conectar-se com esse que bate em nosso peito, claro, fui às lágrimas, assim como minhas amadas ‘Transpessoas’ e muitos outros ao redor.
No palco, fomos abençoados com divinas presenças como Roberto Crema, Jean-Yves Leloup, Basarab Nicolescu, Stanley Krippner, Lydia Rebouças, May East, Susan Andrews, Kaká Werá, Hélyda Di Oliveira e Vera Saldanha, muitos desses nomes conhecidos e outros reconhecidos pelo meu coração que entendia de uma vez: você não está realmente sozinha nesta caminhada utópica de esperar do mundo um melhor lugar para se viver. Esse lugar permeia primeiramente o mundo interno, para depois, em doses homeopáticas, a gente consiga externalizar todas essas descobertas de caminhos para quem estiver ao nosso redor.
Durante cada palestra e atividade, sentia que aos poucos ia reconhecendo um semblante mais leve em mim, ressignificando dores, revisitando, reconhecendo e acolhendo algumas das minhas sombras, dando vazão para que a luz que me habita também se manifestasse de maneira amorosa, sábia e renovadora.
Muitos convites da vida nos chamam à cura, esse posso dizer com toda certeza que foi um deles. Voltei para SP um novo ser, como tudo que vai e volta transformado, corpo, mente, (coração) sentimentos e alma. Podemos ir para longe para voltar para dentro, ou não. Às vezes, só precisamos estar na nossa casa interior e nos visitar verdadeiramente, corajosamente e amorosamente onde quer que estejamos. Sigo agradecendo ao universo/força Divina e a mim por esses dias tão especiais onde vivi, senti e me acolhi.
Eu me permito ir…. para dentro, e você?
Jú Veloso (Sama Prem Deva) é jornalista, analista de conteúdo digital e amante dos animais. Ama escutar histórias, acredita que na troca verdadeira entre corações a cura sempre acontece. Em 2017 conheceu o Tantra, filosofia que toca sua alma e revigora seu caminhar até os dias de hoje. É pós-graduanda em Psicologia Transpessoal na Unipaz São Paulo, onde busca sua inteireza e equilíbrio no encontro com seu Eu maior.