Procuro o caminho
Que as coisas vão tomar
Espiralando-se a partir de um centro.
A.R.Ammons
Desde muito cedo sentia um chamado para compreender o ser humano e seus comportamentos plural e diversos. No contexto corporativo esse interesse me guiou pelos caminhos de ensino e aprendizagem a partir da própria auto-observação e da observação sobre como cada pessoa cria o seu mundo por meio da sua percepção da realidade, criando um universo de distinções que fazem sentido para si.
Para a sobrevivência profissional, diante da necessidade inevitável de estarmos preparados para responder às mudanças a que somos continuamente expostos, cada um vai construindo sentido e saber profissional que possibilitam a adaptação aos ambientes em constante inovação.
Para além do investimento em desenvolvimento técnico, essa atitude observadora me oportunizou reconhecer que um caminho eficaz de crescimento pessoal perpassa pelo desenvolvimento das habilidades de autoliderança, para interagir, sendo agente da ação e não da reação, em condições adversas e imprevisíveis.
A autoliderança essencialmente nos convoca a reconhecer o “porquê fazemos o que fazemos”. E esse reconhecimento se dá “de dentro pra fora “ numa aventura de rever-se e reinventar-se a cada instante. Nesse processo, algumas perguntas são fundamentais e servem como bússolas orientadoras:
1. Qual é o propósito mais profundo ou chamado de futuro que sinto agora?
2. O que está terminando “querendo morrer” e o que está emergindo “querendo nascer”?
3. Reconheço minhas potencialidades e administro minhas fragilidades?
4. Desenvolvo mentalidade (mindset) de inovação e estabeleço metas claras e plano de ação para alcançá-las?
Responder a essas perguntas nem sempre é simples e começa com uma escuta atenta. É preciso escutar com a mente, coração e vontade bem abertos para reconhecer quem somos no aqui-e-agora, contemplando como pensamos, sentimos, vemos e agimos no mundo.
A concretização do futuro que queremos criar se sustenta numa base de autoliderança na qual o indivíduo se autoinfluencia para desenvolver-se em quatro quadrantes: autoconhecimento (o que eu sou agora / o que quer nascer / quais são os princípios e valores?), autonomia (como faço minhas escolhas / como concretizo as minhas intenções?), autoestima (como me valorizo / como vivencio as inter-relações?), autoconsciência (quais são as minhas entregas/impacto/legado?). Essa visão integral facilita a compreensão sobre os nossos papéis e o impacto que geram sobre nós mesmos, equipes, organizações, sociedade e meio-ambiente.
É um exercício de presença cotidiana que potencializa a coautoria das nossas aspirações, fortalecendo a inteligência física, emocional, mental e espiritual. Essas inteligências ativam competências de realização que favorecem o alinhamento de metas e objetivos por meio de uma gestão consciente na criação do futuro desejável.
Nelma da Silva Sá é Facilitadora, Educadora, Pedagoga e Administradora de empresas. Coach de Processo de Transição Profissional. Especialista em Dinâmica Organizacional, Gestão e Ambiente de Trabalho. Pós-graduada em Transdisciplinaridade e Desenvolvimento Integral do Ser Humano pela Universidade Internacional da Paz. Experiência em Organizações Privadas com foco em implantação de Projetos e Desenvolvimento de Equipes e Lideranças. Cofundadora, Presidente e Coordenadora Pedagógica da Unipaz São Paulo. Facilitadora dos Programas: Eneagrama, Autogestão, Educação Ambiental e A Arte de Viver a Vida de Pierre Weil.