“Quando pensava em pessoas resilientes, me vinham grandes nomes ou histórias de pessoas que passaram por grandes crises.” Natasha Bontempi
O termo resiliência vem do estudo da resistência dos materiais e é a capacidade que eles possuem de voltar ao estado anterior após uma deformação. Pensa num bambu: o vento entorta e ele volta ao normal.
Para uma filha de engenheiro, esse termo sempre me causou um estranhamento quando aplicado aos seres humanos. Vinha a minha mente uma pessoa inabalável, quase sem emoções, indiferente e incapaz de aprender com os revezes da vida.
Mas aí fui entender melhor o que os cientistas queriam dizer quando se referiam a essa capacidade e descobri que não era bem assim. Aplicada ao humano, a resiliência é sua capacidade de, ao passar por uma situação de estresse, que mexe com suas emoções, você conseguir retomar um centramento. Porém, esse retorno a uma condição menos turbulenta não ocorre sem um aprendizado positivo.
Hummm, aí fez sentido!
Quando pensava em pessoas resilientes, me vinham grandes nomes ou histórias de pessoas que passaram por grandes crises. O que esses estudos me trouxeram foi a compreensão de que não preciso de grandes eventos para desenvolver essa habilidade. Posso aprender isso com pequenas frustrações no dia a dia, como por exemplo: acabar o gás no momento em que fazia um brigadeiro ou quando recebo uma resposta negativa a algo que eu queria muito. O grande truque está em se perguntar: o que eu aprendo com isso?
Esses pequenos eventos vão fortalecendo os “músculos da resiliência” e, quando um grande evento acontece (tipo uma pandemia), você consegue lidar melhor com a situação. Sem indiferença, mas com mais serenidade. Sabe aquela tal presença de espírito? Então!
A chave disso está em constantemente trabalhar seu corpo, sua mente e suas emoções. Dando a si a possibilidade de ter novas experiências que lhe permitam ver sob novos pontos de vista e ampliando suas perspectivas. Aos poucos, você vai aprendendo a ter mais equanimidade nos eventos da vida. E isso traz um alívio e tanto!
Sim, é uma grande mudança de hábito, mas é possível. E desenvolvê-la lhe trará um bem-estar enorme!
Natasha Bontempi é Designer de Soluções Educacionais para apoiar organizações e pessoas em processo de desenvolvimento, visando a transformação de mentalidade, maior vitalidade, harmonia e a construção de resultados significativos.
É formada em Relações Públicas pela USP e Pós-graduanda em Psicologia Transpessoal pela Unipaz – Universidade Internacional da Paz.